terça-feira, 3 de novembro de 2009

O caso de Honduras.

Se alguém acha que sou algum comentarista político, esqueça. Não levo jeito para o negócio.

Mas a burrice de todo brasileiro permite que se façam as ilações mais estapafúrdias parecerem dignas de nota. Então eu só queria verificar se os fatos que tive notícia estão corretos.

1- Zelaya tenta aplicar um golpe no país que é recusado pelo comando do exército (destituído logo em seguida à recusa) e rechaçado pelo Judiciário (que restabelece o comando);

2- Zelaya se nega a acatar a ordem do Judiciário e dá seguimento ao golpe com urnas da Venezuela;

3- Zelaya é preso e expulso do país;

4- Micheletti (chefe do governo interino) se recusa a aceitar a volta de Zelaya ao país;

5- Zelaya volta ao país escondido com a ajuda do Brasil e fica “hospedado” na Embaixada Brasileira;

6- Micheletti continua afirmando que o retorno de Zelaya ao poder é inaceitável e está fora de discussão e apresenta uma representação contra o Brasil na ONU por ter metido o nariz no assunto;

7- Zelaya insiste em voltar ao poder;

8- Micheletti enfaticamente diz que a volta de Zelaya ao poder é inaceitável, todo o mais é negociável;

9- O sobrinho de Micheletti é morto (encontrado com as mãos amarradas e dois tiros: um no peito e outro na cara). Praticamente no mesmo dia, um coronel é assassinado (dois homens descem de um táxi e abrem fogo contra o coronel). As notícias indicam de que foi “crime comum”;

10- Micheletti aceita acordo de que Zelaya pode voltar ao poder (com a condição de ser chancelado pelo Congresso);

11- Zelaya afirma que se ele não voltar ao poder, não existe mais acordo.

12- Micheletti afirma que o acordo tem que ser respeitado.

Ilação estapafúrdia: Vai ter que morrer (ou ser seqüestrado) mais alguém de alta patente ou da família de Micheletti para que seja abandonada a idéia do Congresso e Zelaya volte ao poder?

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