quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Vou vender meu ar condicionado.
Tá decidido. Capitalista que sou, vou buscar o lucro através da redução de custos.
Vou vender o meu ar condicionado para diminuir a minha conta de luz.
No lugar dele vou colocar uns três ou cinco ambientalistas com cartazes contra o aquecimento global. Quanto mais esses caras aparecem, mais frio fica.
Nevascas continuam fazendo estragos em regiões chinesas.
Se der, vou arrematar uns que sejam vegetarianos (porque não gostam de comer coisas "vivas"), assim só terei que alimentá-los com capim.
Vou vender o meu ar condicionado para diminuir a minha conta de luz.
No lugar dele vou colocar uns três ou cinco ambientalistas com cartazes contra o aquecimento global. Quanto mais esses caras aparecem, mais frio fica.
Nevascas continuam fazendo estragos em regiões chinesas.
Se der, vou arrematar uns que sejam vegetarianos (porque não gostam de comer coisas "vivas"), assim só terei que alimentá-los com capim.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Tomem essa Irmãos Grimm!
Chapéuzinho Vermelho politicamente correta
Apenas uma prévia:
[A professora reacionária de Chapéuzinho havia lhe advertido que não falasse com estranhos, mas Chapéuzinho tinha consciência social e havia decidido assumir controle de sua sexualidade, então ela respondeu ao Lobo que estava levando guloseimas para sua avó.
O Lobo respondeu "Minha querida, é perigoso para uma menina andar sozinha nessa floresta."
Chapéuzinho disse "Eu considero seu comentário sexista extremamente ofensivo, mas eu ignorarei devido ao seu status tradicional de excluído da sociedade que lhe causou estresse ao ponto de desenvolver uma visão de mundo alternativa e completamente válida. Agora, dê-me licença que eu vou seguir o meu caminho" e voltou à estrada em direção à casa da vovózinha."]
Apenas uma prévia:
[A professora reacionária de Chapéuzinho havia lhe advertido que não falasse com estranhos, mas Chapéuzinho tinha consciência social e havia decidido assumir controle de sua sexualidade, então ela respondeu ao Lobo que estava levando guloseimas para sua avó.
O Lobo respondeu "Minha querida, é perigoso para uma menina andar sozinha nessa floresta."
Chapéuzinho disse "Eu considero seu comentário sexista extremamente ofensivo, mas eu ignorarei devido ao seu status tradicional de excluído da sociedade que lhe causou estresse ao ponto de desenvolver uma visão de mundo alternativa e completamente válida. Agora, dê-me licença que eu vou seguir o meu caminho" e voltou à estrada em direção à casa da vovózinha."]
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
E se fosse a pílula do Frei Galvão?
Sou adepto do ditado: In dubio contra Igreja.
É. Não é um ditado. Acabei de inventar... e não. Eu não sei latim.
Mas no Brasil é difícil seguir o ditado.
Atualmente está havendo um "debate" sobre distribuição de pílula do dia seguinte no carnaval em Pernambuco.
É tanta burrice junta sobre o assunto que acabo ficando com inveja e quero distribuir a minha burrice também. Então vou ponto por ponto.
Primeiro, Ministro que se preze deve dizer o seguinte: "Não concordo com a Igreja, mas ela tem o direito de buscar os seus (ou de terceiros) direitos". Criticar alguém pelo simples fato de querer entrar na Justiça parece atitude de um pateta que está com medo que revelem a estupidez da decisão que tomou.
Segundo, essa lenga lenga de que a Igreja não deve se meter em assuntos do Estado é uma estupidez sem tamanho. Se ela sofre as ações do Estado, ele pode se meter nos assuntos estatais tanto quanto qualquer Entidade, ONG ou cidadão. O mais espantoso é que esse tipo de argumentação pode (ou poderia) ser usado contra qualquer grupo. Imaginem abolicionistas ouvindo: "Associações contra a escravidão não devem se meter em assuntos do Estado. Se vocês não quiserem, que não comprem escravos, mas não venham com seus fundamentalismos dizer que o Estado não pode permitir e incentivar a escravidão". (Nesse momento você pode descobrir se o seu coleguinha é "politicamente correto", pois com certeza, ao ouvir isto, ele vai estar dizendo "mas também não é assim..."). Quer dizer que se o Estado resolver adotar a execução sumária de indivíduos, a Igreja deve ficar quieta? Vão dizer o quê? "Se a Igreja é contra a morte que seus seguidores não se matem"?
Terceiro, dizer que o Estado não deve seguir ditames religiosos, não quer dizer que ele deva incentivar o hedonismo. Queiram ou não, distribuir pílula de graça incentiva a prática de atos descuidados e eu não quero ter o meu dinheiro extorquido para comprar pílula pros outros. Quem quiser dar, que dê (se for mulher, pode ser para mim), mas que assuma os seus gastos.
Quarto (mais difícil), por que as pessoas não tentam entender como funciona a pílula do dia seguinte? Me lembro do colégio onde a "tia" ensinava que o espermatozóide pode sobreviver por 72 horas dentro do corpo da mulher, ou seja, a mulher pode engravidar mesmo que no momento do ato sexual o óvulo ainda não tenha sido liberado. E, pelo que recordo, atualmente, para a medicina, a gravidez só se inicia com a nidação do óvulo.
Depois de consultar uma instituição altamente confiável (Google), posso afirmar que a pílula do dia seguinte* funciona da seguinte maneira: Uma bomba de hormônios previne a mulher de liberar o óvulo ou previne o óvulo de se fixar no útero.
Então a Igreja já está errada sobre a pílula em metade dos casos. Se ela evita a saída do óvulo, não se inicia nem a discussão sobre aborto, porque não há nem fecundação.
O problema da Igreja é com a nidação. Para a Igreja, a vida começa com a fecundação, mas para a medicina o aborto só se configura após a gravidez (nidação do óvulo). Então entre a vida e o crime existe um interregno em que não há consenso entre a Igreja e a medicina (e o sistema jurídico vigente).
A Igreja quer defender o seu ponto, então prefere correr o risco de estar errada (não haver liberação do óvulo) do que de estar certa (fecundação sem nidação do óvulo). Não vejo nada de errado nisso.
A medicina (e a legislação) não vê problemas em administrar a pílula, pois em ambos os casos (ausência de liberação ou nidação do óvulo) não há crime de aborto.
Ou seja, a discussão ainda vai longe.
Mas é interessante lembrar que, muitos médicos temem as conseqüências da liberação das pílulas e recomendam somente o uso em casos eventuais como estupro e 'acidentes' com outros métodos contraceptivos, ou seja, a pílula é uma bomba de hormônios e não deve ser tomada como aspirina para curar ressaca.
Talvez o Ministro devesse levar isso em consideração ao distribuir gratuitamente pílulas do dia seguinte. E, mais importante, que diabos pílula do dia seguinte tem que ver com Saúde Pública? Gravidez agora é doença?
Entretanto, como não posso perder a oportunidade, também deixo a pergunta para a galera religiosa. E se a pílula do Frei Galvão previnir a gravidez, pode tomar?
* Existem pílulas abortivas (no sentido médico-legal), mas o funcionamento, até onde sei, é diferente da pílula do dia seguinte que será distribuída.
É. Não é um ditado. Acabei de inventar... e não. Eu não sei latim.
Mas no Brasil é difícil seguir o ditado.
Atualmente está havendo um "debate" sobre distribuição de pílula do dia seguinte no carnaval em Pernambuco.
É tanta burrice junta sobre o assunto que acabo ficando com inveja e quero distribuir a minha burrice também. Então vou ponto por ponto.
Primeiro, Ministro que se preze deve dizer o seguinte: "Não concordo com a Igreja, mas ela tem o direito de buscar os seus (ou de terceiros) direitos". Criticar alguém pelo simples fato de querer entrar na Justiça parece atitude de um pateta que está com medo que revelem a estupidez da decisão que tomou.
Segundo, essa lenga lenga de que a Igreja não deve se meter em assuntos do Estado é uma estupidez sem tamanho. Se ela sofre as ações do Estado, ele pode se meter nos assuntos estatais tanto quanto qualquer Entidade, ONG ou cidadão. O mais espantoso é que esse tipo de argumentação pode (ou poderia) ser usado contra qualquer grupo. Imaginem abolicionistas ouvindo: "Associações contra a escravidão não devem se meter em assuntos do Estado. Se vocês não quiserem, que não comprem escravos, mas não venham com seus fundamentalismos dizer que o Estado não pode permitir e incentivar a escravidão". (Nesse momento você pode descobrir se o seu coleguinha é "politicamente correto", pois com certeza, ao ouvir isto, ele vai estar dizendo "mas também não é assim..."). Quer dizer que se o Estado resolver adotar a execução sumária de indivíduos, a Igreja deve ficar quieta? Vão dizer o quê? "Se a Igreja é contra a morte que seus seguidores não se matem"?
Terceiro, dizer que o Estado não deve seguir ditames religiosos, não quer dizer que ele deva incentivar o hedonismo. Queiram ou não, distribuir pílula de graça incentiva a prática de atos descuidados e eu não quero ter o meu dinheiro extorquido para comprar pílula pros outros. Quem quiser dar, que dê (se for mulher, pode ser para mim), mas que assuma os seus gastos.
Quarto (mais difícil), por que as pessoas não tentam entender como funciona a pílula do dia seguinte? Me lembro do colégio onde a "tia" ensinava que o espermatozóide pode sobreviver por 72 horas dentro do corpo da mulher, ou seja, a mulher pode engravidar mesmo que no momento do ato sexual o óvulo ainda não tenha sido liberado. E, pelo que recordo, atualmente, para a medicina, a gravidez só se inicia com a nidação do óvulo.
Depois de consultar uma instituição altamente confiável (Google), posso afirmar que a pílula do dia seguinte* funciona da seguinte maneira: Uma bomba de hormônios previne a mulher de liberar o óvulo ou previne o óvulo de se fixar no útero.
Então a Igreja já está errada sobre a pílula em metade dos casos. Se ela evita a saída do óvulo, não se inicia nem a discussão sobre aborto, porque não há nem fecundação.
O problema da Igreja é com a nidação. Para a Igreja, a vida começa com a fecundação, mas para a medicina o aborto só se configura após a gravidez (nidação do óvulo). Então entre a vida e o crime existe um interregno em que não há consenso entre a Igreja e a medicina (e o sistema jurídico vigente).
A Igreja quer defender o seu ponto, então prefere correr o risco de estar errada (não haver liberação do óvulo) do que de estar certa (fecundação sem nidação do óvulo). Não vejo nada de errado nisso.
A medicina (e a legislação) não vê problemas em administrar a pílula, pois em ambos os casos (ausência de liberação ou nidação do óvulo) não há crime de aborto.
Ou seja, a discussão ainda vai longe.
Mas é interessante lembrar que, muitos médicos temem as conseqüências da liberação das pílulas e recomendam somente o uso em casos eventuais como estupro e 'acidentes' com outros métodos contraceptivos, ou seja, a pílula é uma bomba de hormônios e não deve ser tomada como aspirina para curar ressaca.
Talvez o Ministro devesse levar isso em consideração ao distribuir gratuitamente pílulas do dia seguinte. E, mais importante, que diabos pílula do dia seguinte tem que ver com Saúde Pública? Gravidez agora é doença?
Entretanto, como não posso perder a oportunidade, também deixo a pergunta para a galera religiosa. E se a pílula do Frei Galvão previnir a gravidez, pode tomar?
* Existem pílulas abortivas (no sentido médico-legal), mas o funcionamento, até onde sei, é diferente da pílula do dia seguinte que será distribuída.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Daqui a dois anos...
Aos poucos as forças vão acabando...
E essa agora?
Sem-terra poderão requerer aposentadoria.
O pior é que estava uma ladainha sobre acabar o dinheiro com o fim da CPMF...
Daqui a dois anos, sequestradores, traficas, correrias e fogueteiros também vão ter direito a aposentadoria?
Depois dizem que o crime não compensa...
E essa agora?
Sem-terra poderão requerer aposentadoria.
O pior é que estava uma ladainha sobre acabar o dinheiro com o fim da CPMF...
Daqui a dois anos, sequestradores, traficas, correrias e fogueteiros também vão ter direito a aposentadoria?
Depois dizem que o crime não compensa...
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Bolão.
Depois da citação abaixo, quanto tempo leva para O GLOBO mencionar o Foro de São Paulo?
"Chavez pediu que seu partido se afaste do 'clientelismo e populismo' e propôs a união dos partidos e movimentos sociais de esquerda do continente para defender-se de uma 'agressão imperialista'."
E se/quando mencionar, há quantos anos vai dizer que o Foro existe?
"Chavez pediu que seu partido se afaste do 'clientelismo e populismo' e propôs a união dos partidos e movimentos sociais de esquerda do continente para defender-se de uma 'agressão imperialista'."
E se/quando mencionar, há quantos anos vai dizer que o Foro existe?
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